terça-feira, 28 de junho de 2011

DEZESSETE ESTADOS INICIAM LEVANTAMENTO SOBRE ABRIGOS



24/06/2011
As coordenadorias da infância de juventude de 17 estados já prestaram informações ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as medidas adotadas para atender de forma mais adequada crianças e adolescentes que vivem em entidades de acolhimento. Os dados foram solicitados pela Corregedoria Nacional de Justiça, por meio de ofício expedido em janeiro último. O esforço em prol de um melhor acolhimento foi recomendado pelo Conselho através de uma instrução normativa, editada de junho do ano passado. A instrução “disciplina a adoção de medidas destinadas à regularização do controle de equipamentos de execução da medida protetiva de acolhimento de crianças e adolescentes”. Nesse sentido, recomendou aos tribunais que realizassem, a partir de julho do ano passado, uma série de audiências concentradas justamente para verificar as condições em que o acolhimento é prestado.
Entre os itens a serem apurados, as cortes deveriam verificar a situação pessoal, processual e procedimental existentes nas varas da infância e juventude e outros juízos com competência na área, promovendo a devida regularização nos casos em que for necessário. Os tribunais deveriam adotar também instrumentos para o controle efetivo das entidades que oferecem o acolhimento. Nesse sentido, a instrução recomenda a realização de parcerias com órgãos como o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil, a Defensoria Pública, entre outros.
O Estado do Tocantins informou que realizou audiências concentradas em diversas comarcas, no mês de dezembro. De acordo com o tribunal, a casa de acolhida de Palmas, por exemplo, contava com 11 acolhidos, dos quais seis foram colocados sob a guarda dos pais ou da família extensa. A corte também informou a existência, na vara da infância e juventude da capital, de serviço psicossocial forense às mães ou gestantes que pretendem dar o filho em adoção.
O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia também comunicou que promoveu o I Seminário de Mobilização para Audiências Concentradas, em abril passado, com o objetivo de qualificar e instrumentalizar todos os envolvidos nesse trabalho, que passará a ser realizado em todo o estado.
No estado do Amazonas, a Coordenadoria da Infância e da Juventude realizou 166 audiências, abrangendo 230 crianças e adolescentes, com a participação da Promotoria da Justiça, Defensoria Pública e as secretarias de estado da Assistência Social e Direitos Humanos. Nesse trabalho, constatou-se a existência de crianças e adolescentes acolhidas sem o devido processo legal. O órgão tomou as medidas cabíveis para a instauração das devidas ações judiciais.
Além desses estados, prestaram informações o Rio Grande do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Maranhão, Distrito Federal, Amapá, Sergipe, São Paulo, Santa Catarina, Roraima, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraíba.
Crianças acolhidas - Dados do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), divulgados recentemente, mostraram que em todo o Brasil há 30.546 crianças e adolescentes vivendo em entidades de acolhimento ou estabelecimentos mantidos por organizações não governamentais, como igrejas ou outras instituições.
Crianças e adolescentes aptas à adoção, por sua vez, somam 4.583, segundo o Cadastro Nacional de Adoção, também mantido pelo Conselho. O número de pretendentes, no entanto, é quase seis vezes maior: são 26.938 pais e mães que desejam adotar.
Giselle Souza
Agência CNJ de Notícias

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Invista no seu filho!


Esses dias eu estava no consultório do dentista e vi uma propaganda dizendo algo assim, invista no seu filho, ele é o seu melhor projeto para o futuro.
Claro que a propaganda tinha cunho financeiro, mas me fez lembrar que faz tempo que tenho esse pensamento, como investir no futuro de um filho, que não seja financeiramente.

Roupas? Acho que não, elas deixam de servir muito rápido, e quanto mais elas tem menos valor dão, penso eu.
Brinquedos? Depende, educativos vale a pena, mas conheço crianças que tem tanto brinquedo, mas não tem com quem brincar!
Educação? Perfeito, isso lhes trará muito retorno.
Saúde? Um plano de saúde é excelente, para quem tem condições, claro.
Diversão? Nossa, isso gera aquelas lembranças maravilhosas de infância, que não tem preço!
Amigos? Mais ainda, incentivo muito meus filhos a terem, seja uma noite de pijama lá em casa, uma festinha de aniversário para comemorar com todos, um passeio na escola.
Esportes? É um aprendizado muito grande, e o melhor gastam energia, muito importante.
Religião? Imprescindível, é assim que você vai ensinar valores para a vida toda!
Tempo? É o melhor que você pode dar a ele!

Muitas vezes achamos que a felicidade do nosso filho depende de coisas materiais, e principalmente damos para ele aquilo que nós não ganhamos quando éramos crianças. Eu por muitas vezes fiz isso, já o meu marido é mais controlado, porque ele ganhava quando era criança, porém aprendeu a dar valor para as coisas não materiais antes que eu. Ele tem recordações fantásticas da infância, de brincadeiras bobas e boas.
Lá em casa não nos falta nada, porém lutamos por tudo para manter o melhor para os nossos filhos, eles estudam em escolas públicas, que gosto e acompanho sempre. Porém, optamos em vez de investirmos muito em roupas, brinquedos, passeios caros e guloseimas, economizamos com isso para poder pagar uma escolinha esportiva a eles, os mais velhos frequentam apenas duas manhãs, mas lá aprendem disciplina, fazem esportes como natação, tênis, ginastica artística e fazem passeios e até acampamentos, pura diversão!
Eles frequentam coral, pois adoram música, é um projeto gratuito ligado ao movimento cristão Girassol (www.girassoldoguara.blospot.com) que eles participam em sábados a tarde. Pagamos plano de saúde com muito sacrifício para os quatro, pois se torna caro. Fazemos passeios de bicicleta, noites do pijama, seção cinema com pipoca, tatame de “lutinhas”, teatro, música, dança, seção de cosquinhas...gastamos nosso precioso tempo muito em função deles! Mas isso nos deixa felizes, e a eles também!
Esse é o nosso projeto de futuro, nosso melhor investimento, pois caderneta de poupança ainda não conseguimos abrir para nenhum deles, hehehe!

CAMPANHA ADOÇÃO LAÇOS DE AMOR




Aqui um belo exemplo do estado de Santa Catarina, quem dera todos os demais estados aderissem!

MARCCA COMUNICAÇÃO LANÇA VERSÃO ESTENDIDA DO SEGUNDO FILME DA CAMPANHA ADOÇÃO
LAÇOS DE AMOR
Sex, 17 de Junho de 2011
Uma semana depois da estreia do segundo filme da campanha, sobre adoção inter-racial, a Marcca Comunicação lança a versão com 4 minutos e 42 segundos. Filmado em um parque com Marli e Nélio Osaida, pais adotivos, e Fernanda, a filha adotada há 10 anos, o curta mostra como a adoção depende apenas de amor – o casal já possuía dois filhos adolescentes quando optaram por adotar Fernanda.
A campanha Adoção – Laços de Amor é uma parceria entre os órgãos Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Ministério Público, Tribunal de Justiça (através da Corregedoria Geral de Justiça) e OAB-SC e tem por objetivo sensibilizar a população para a adoção tardia. Através de anúncios, filmes e redes sociais, a agência trabalha com quatro temas: adoção tardia, de grupo de irmãos, especial e inter-racial. O primeiro filme está no canal AdocaoSantaCatarina no Youtube, e tratou da adoção tardia de grupo de irmãos mostrando a família Pereira. Nas duas semanas iniciais da campanha, o canal teve mais de 1500 acessos.

Assista às duas versões do filme da família Osaida:
Versão para TV: http://www.youtube.com/watch?v=wijv5DPJ9Ik

Versão estendida: http://www.youtube.com/watch?v=dWtU6iW1LTU

terça-feira, 14 de junho de 2011

DEPUTADO DEFENDE APADRINHAMENTO AFETIVO COMO ALTERNATIVA À ADOÇÃO

13/06/2011
Leonardo Prado

Chalita: crianças com irmãos têm maior dificuldade de serem adotadas.
A sociedade deve se mobilizar para estimular o apadrinhamento afetivo como alternativa à adoção de crianças e adolescentes que vivem em abrigos, disse nesta segunda-feira o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP). A declaração foi feita na solenidade de lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Políticas de Adoção e da Convivência Familiar e Comunitária.
O apadrinhamento afetivo é um programa das varas da Infância e da Juventude por meio do qual meninos e meninas com dificuldade de serem adotados recebem padrinhos e/ou madrinhas, com os quais passam fins de semana, feriados e parte das férias. Dessa forma, constroem uma relação afetiva e uma referência de vida fora do abrigo. "Essa é uma grande alternativa, por exemplo, para crianças que têm irmãos. Pela legislação atual, você não pode adotar um irmão sem adotar os outros. Então, essas crianças têm uma dificuldade maior de serem adotadas. Você pode ter o acompanhamento dessas pessoas na entidade, no abrigo que elas estão. Tudo isso para que passem a ter referências", destacou Chalita, um dos idealizadores do colegiado.
De acordo com os integrantes da frente, existem hoje de 27 mil a 80 mil crianças em abrigos do País, mas apenas 4 mil delas constam do Cadastro Nacional de Adoção e estão, por isso, em condições legais de serem adotadas.
INFORMAÇÃO
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que os parlamentares também pretendem visitar as diferentes regiões do País, levando informações sobre o processo de adoção, em especial para as mães que não têm condições de criar seus filhos. "Há uma ignorância muito grande no Brasil. É preciso que as mães mais humildes saibam que, se não tiverem condições para criar os filhos, elas podem oferecê-los a uma entidade, não os colocando em risco como acontece quase diariamente hoje. Cada vez mais vemos crianças abandonadas nas lixeiras, nas portas de casas”, sustentou.
DIFICULDADES
Fundadora do grupo "De volta pra Casa", que presta apoio a famílias candidatas à adoção, a empresária Sandra Amaral relatou o longo caminho pelo qual passou, em Divinópolis (MG), para conseguir adotar, dez anos atrás, a menina Stephanie. “Cheguei a ser tratada no fórum da cidade como se estivesse fazendo algo errado”, lembrou Sandra, que já era mãe de dois filhos biológicos.
Na opinião da empresária, o processo de adoção no País é muito lento e a falta de informações ainda é um grande problema, apesar dos avanços obtidos com a Lei da Adoção (12.010/09).
Reportagem – Idhelene Macedo/Rádio Câmara
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Agência Câmara de Notícias

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Maratona das quintas!



Essa semana conversando num fórum de adoção veio um comentário de um casal que estava cadastrado para um perfil e foi chamado para outro e aceitaram.
Algumas conversas circularam com prós e contras, principalmente pelo medo do despreparo de alguns pais em receber essas crianças.
Como comentei no fórum, errar por amor, acho que merece perdão! Mas é claro que permanecer no erro não!

Adoção de grupo de irmãos, adoção tardia, adoção em si exige preparos, conhecimentos desconhecidos pela maioria de nós.
Quando adotei imaginava um pouco do que viria, mas o resto eu fui aprendendo aos poucos.

Como sempre acho que a prática explica mais que a teoria, então eu irei descrever a minha maratona das quintas-feiras.

7h30min: Acordar todos os quatro!
8h20min: A mais velha ficará no reforço escolar, tarefa de algumas semanas já, isso tem nos exigido esforço, mas os resultados têm sido muito positivos. Ela estuda com os dois irmãos na mesma sala, e o fato de não conseguir acompanha-los a incomoda muito, e claro que a nós também. Através de uma consulta com uma neuropediatra fomos encaminhadas para uma psicopedagoga, pois ela precisa reforçar sua personalidade para ir bem pedagogicamente.
8h30min: Todos na escolinha esportiva, algo que aqui em casa é muito incentivado, esportes e alimentação natural.
8h40min: Dentista do mais velho, gente nesse um ano achei que iriam cair todos os dentes do meu de 9, pura falta de cálcio. Mas para a nossa sorte o dente que iria precisar fazer tratamento de canal caiu.
9h30min: Buscar a mais velha no reforço escolar.
9h45min: Tempinho para comprar os remédios de prevenção da asma da menor. Um novo aprendizado para nós.
10h:Psicopedagoga da mais velha.
Intervalo, eu fui no dentista, sobre pouco tempo para me cuidar...
10h50min Pegar ela na psicopedagoga e ir buscar o mano mais novo para almoçarmos em casa.

Fazer almoço, dá trabalho sim, mas eu sei o que os meus filhos estão comendo e privo por uma alimentação saudável, que eu mesmo prefiro fazer. Cardápio: Lentilha, arroz, cenoura, strogonoff, macarrão e couve.

13h: Largar todos na escola
13h15min: Trabalhar
17h30min: Psicóloga do meu mais novo, o bio, após esse um ano parece que agora resolveu aparecer algumas coisas contidas que aparecem em pequenos ataques de raiva, difíceis de controlar. Ela pediu mais uma seção para poder avaliar melhor.

Difícil? Sim!
Exige uma dedicação muito grande, mas eu me sinto bem fazendo isso, amo os meus filhos, e não poupo esforço com eles. Hoje ganhei um elogio da enfermeira do posto, você consegue controlar bem os quatro, isso não foi do dia para noite, demorou um ano, mas eu estava disposta a isso. Sofri no inicio, com muitas dúvidas, hoje aprendo muito a cada dia.

Assim, é a vida de quem quer adotar um grupo de irmãos com adoção tardia!
Leia e aproveite para amadurecer alguns pontos:
-Você consegue abrir mãos de algumas coisas suas para atender um filho?
-Você está disposta a aprender com alguém que precisa muito de você?
-Repartir o seu amor com mais alguém é possível?

Somente pais adotivos tem um tempo maior para se preparar, os biológicos têm apenas nove meses! Aproveite!
Mas se as crianças já chegaram, aproveite para aprender com ela sobre esse novo mundo que é nos apresentado, o universo infantil, eu vivendo muita coisa que não tive oportunidade quando criança!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Um ano!


Dia 28 de maio fez um ano que nossos amados filhos chegaram!
Muitas pessoas que estão próximos de nós dizem que parece que faz muito mais tempo, uns chegam a dizer que parece que sempre foram nossos!

E realmente eu não imagino a minha vida sem eles!
Esses dias sentada no sofá ouvi o meu mais velho pegar um jornal e ler direitinho uma manchete, me derreti em emoção, de saber que não vi ele nascer, nem caminhar, nem falar, mas estou acompanhando a alfabetização dele, ouvindo as primeiras leituras!

E a minha mais nova que tem se revelada uma esperta "plus", entre tantas conversas que fazemos ao longo dos seus rescem 2 anos e 7 meses ela me sai com essa, mãe sabia que eu tenho um "manulado", é o Lucca...não me contive com essa...ou então ela pegar minhas botas e sair dizendo que é a mamãe!! Acompanhar tudo isso, apesar que ela eu nem lembro que não saiu de mim, chegou tão pequena, um ano e meio!

A mais velha é uma conquista a cada dia, tem se superado em sua aprendizagem, e fico tão feliz quando aos poucos ela mesmo tem conseguido escolher as suas roupas para vestir montando a sua identidade, o seu eu, olho toda derretida quando vejo ela pronta para sair!

Confesso que temos tido dificuldades com temperamentos de cada um, a pré-adolescencia tem surgido cada vez mais cedo, então aos 8 e 9 anos, qualquer desentendimento é motivo para choros, bater de porta, caras feias...e o filho que já tinhamos ainda está tentando aprender a conviver com isso, se sente injustiçado e inúmeras vezes temos que parar para conversar e explicar, inclusive adquirimos um habito de reunião semanal, onde cada um expõe o que lhe encomoda e juntos tentamos achar uma solução. NO próximo post vou citar o livro que aprendi essa técnica.

Então é isso, podia me derreter em elogios, ainda mais que ontem fizemos a festa de aniversário dos três mais velhos, e vendo a integração deles com tantos coleguinhas eu vejo, que eles nasceram para serem irmãos mesmo!