quinta-feira, 14 de julho de 2011

PADRE REGINALDO MANZOTTI: FILHOS ADOTADOS: BENÇÃO DE DEUS NA VIDA DO CASAL

 
Rio - Pergunta da semana: “Sua benção, Padre. Parabéns pela coluna. Eu e minha esposa não podemos ter filhos; ela quer adotar, mas confesso que tenho algum receio. O que o senhor pensa sobre isso?”.
Na minha percepção, adotar uma criança pode ser uma resposta de oração, uma benção de Deus na vida de casais que não podem conceber filhos biológicos.
O seu receio é compreensível, mas não deixe que isso o acovarde e o faça desistir. Encontramos nas Sagradas Escrituras exemplos de adoção, como Moisés, que foi adotado pela filha do faraó e, mais tarde, tornou-se homem de Deus.
Em São José, por sua vez, temos o exemplo perfeito de homem justo, o qual, mesmo não sendo capaz de compreender o mistério da encarnação do Filho de Deus, acolheu Jesus como filho em seu coração, protegeu-o de Herodes, ao fugir com Ele e Maria para o Egito, e o educou dentro das normas e costumes religiosos da época.
Adotar uma criança implica todas essas responsabilidades, que são exatamente as mesmas envolvidas na criação de filhos biológicos. Tal exigência faz que muitos casais em condições de levar adiante processo de adoção desistam da iniciativa e canalizem seu carinho e sua atenção a bichinhos de estimação, por exemplo.
Não se trata de condenar esse tipo de atitude, até porque animais também são criaturas de Deus, mas o fato é que nas ruas, bem como em orfanatos e instituições, crianças crescem sem quaisquer referências familiares, o que tem consequências catastróficas tanto para os abandonados quanto para a sociedade como um todo.
Não se pode esquecer que uma pessoa dificilmente devolverá aquilo que não recebeu, especialmente valores éticos e morais, como solidariedade e respeito ao próximo.
Adoção é, de fato, atitude sublime, como explica trecho do artigo intitulado “Família e Questões Relevantes”, presente no Documento de Aparecida: “O amor fraterno se expressa de mil maneiras, mas a adoção é um gesto de profundo humanismo, sensibilidade, coragem e, portanto, uma alta forma de caridade, um gesto de fineza e profundidade humanitária. Não esqueçamos que Jesus foi filho adotivo de José, assim como nós, pelo batismo, somos filhos adotivos do Pai, e a adoção é verdadeira geração cultural e espiritual de uma pessoa”.
Um conselho que posso lhe dar é jamais condicionar esse gesto de amor a fatores discriminatórios, como sexo, idade ou cor da criança.
Confie em Deus e reze para que Ele prepare tudo: assim, quando você e sua esposa estiverem diante do futuro integrante de sua família, serão capazes de reconhecê-lo instantaneamente sem necessitar de evidências racionais.
Outra recomendação é fazer tudo dentro da legalidade, nem que isso demande um pouco mais de tempo, para que nada prejudique a família que está sendo formada. Ademais, a espera pode ser muito inspiradora, a exemplo de uma gestação, não no útero, mas no coração. Lembre-se de que os pedidos confiados a Deus sempre se concretizam no momento certo e da melhor forma.
Que Deus os abençoe e coloque em sua vida filhos maravilhosos.

2 comentários:

  1. Olá! Soube que terá início um Grupo de Apoio à Adoção em Novo Hamburgo, sou habilitada em São Leopoldo e gostaria de participar. Por favor, poderias me enviar informações para esse email: alessandramoita@terra.com.br.
    Desde já agradeço!
    Abraços,
    Alessandra

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  2. Oi, sou a Renata do grupo de adocao tardia. Adorei seu blog, mas ainda quero visita lo com mais calma. Eu tb tenho um blog e la falo bastante sobre adoçao, qdo puder de uma passadinha lá (www.descobrindoamaternagem.blogspot.com).

    Estou seguindo seu blog. Abraços.

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